18/03/2008

Petrópolis e os Transbordos

As estações de transbordo de ônibus têm mexido com a vida de milhares de petropolitanos. As discussões a respeito têm enchido páginas de jornais e esticado conversas em muitos bares da cidade.

Para verificar a real situação das estações de baldeação (assim se chamavam outrora) resolvi pegar um ônibus Bairro-Centro (via Alto da Serra). O horário não era de pico, o ônibus passou no ponto razoavelmente no horário previsto e com lugares para sentar.
Perto da estação de transbordo há uma mudança de itinerário para se acessar o terminal. Na estação todo o mundo sai e corre, cada um para o seu canto, à procura do seu ponto. Achado o que me levaria para o Centro, subo no ônibus que já está lotado. Tenho que terminar a viagem em pé.

Cronometrei o tempo decorrido entre o local em que o primeiro ônibus saíu do itinerário antigo até ao instante em que o segundo ônibus por ele passou a caminho do Centro: 16 minutos!
Ou seja, uma pessoa que faça esse itinerário todos os dias úteis, indo e voltando, e assumindo que o tempo perdido na volta é o mesmo (embora os passageiros com quem conversei afirmem que na volta se espera sempre mais) perde por mês mais 13 horas se locomovendo.

O terminal em si é feio, acanhado e não oferece nenhum conforto.

Se vantagens existirem neste sistema, elas não ficam, com certeza, do lado do transportado!

1 comentários:

Anônimo disse...

Viramos gado a caminho do abatedouro.
Tenho de levantar meia hora mais cedo para chegar no trabalho
Marta

 
Creative Commons License
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.