Boa a análise do último "post". Concordo que o presidente eleito vai tomar medidas protecionistas para o mercado interno, como ele mesmo alegou. É preciso tomar cuidado para que as expectativas quanto ao novo presidente não transformem-no em um semideus salvador do mundo, como ocorreu por aqui há alguns anos atrás. Apesar disso, acredito que essas eleições tenham sido emblemáticas por dois motivos.
O primeiro, que diz respeito, na prática, apenas aos americanos - simbologicamente é um avanço para o mundo, mas não a isso que me refiro -, é o fato de Obama ser o primeiro presidente negro da história do país.
Não falo do tal sonho realizado de Martin Luther King (apesar de ser uma afirmação correta, isso me soa a pieguice da mídia), mas do fato de que os EUA são um país ainda com grande segregação racial, que foi oficialmente extinta apenas na segunda metade do século XX, havendo ainda muito preconceito (de ambos os lados)e espaço para esteriotipações caricaturais (algumas auto-realizadas, como as dos "gangsta-rappers") e movimentos abomináveis como a Ku Klux Klan. A segregação tende, ao menos, a ser desencorajada com a eleição de um presidente negro - embora eu acredite que não vá terminar, pois é uma questão culturalmente muito arraigada para os "wasp's"(sigla em inglês para branco anglo-saxão protestante) sobretudo no sul-,assim como a situação das minorias AMERICANAS tende a melhorar (não acredito que o mesmo vá ocorrer aos imigrantes), com mais tolerância às diferenças e justiça ao menos por parte do Estado.
O segundo, este sim, de interesse internacional, é o fim da chamada "era Bush". Realmente a história mostra que os democratas não são necessariamente mais "à esquerda" que os republicanos. Mas, ao que parece, o presidente eleito demonstra ter mais "bom senso" para questões belicosas e internacionais em geral que o antecessor (o que não é difícil). E isso por si só merece um suspiro de alívio por parte de todos nós.
Não alimento a esperança de que ele, como democrata, vá ser mais "à esquerda" do que os republicanos (o senador McCain declarou em campanha que iria facilitar a importação do etanol brasileiro, para suprir a demanda por combustível mais barato e "ecológico"), rompendo a barreira econômica a Cuba, como almeja nosso presidente, mas acredito que, por bom senso, seja menos intervencionista e centralizador politicamente do que o George Bush, e parece estar propenso a rever diversas posições adotadas pelo antecessor. Pesando na balança, acredito que o resultado seja posivo para todos, afinal.
Enfim, merece destaque o discurso de derrota do senador McCain, que demonstrou tato e "fair play" político, inclusive rechaçando as vaias do público ao adversário e prometendo colaboração com o governo, em tom sóbrio e de cabeça erguida. Bom exemplo a ser seguido.
O primeiro, que diz respeito, na prática, apenas aos americanos - simbologicamente é um avanço para o mundo, mas não a isso que me refiro -, é o fato de Obama ser o primeiro presidente negro da história do país.
Não falo do tal sonho realizado de Martin Luther King (apesar de ser uma afirmação correta, isso me soa a pieguice da mídia), mas do fato de que os EUA são um país ainda com grande segregação racial, que foi oficialmente extinta apenas na segunda metade do século XX, havendo ainda muito preconceito (de ambos os lados)e espaço para esteriotipações caricaturais (algumas auto-realizadas, como as dos "gangsta-rappers") e movimentos abomináveis como a Ku Klux Klan. A segregação tende, ao menos, a ser desencorajada com a eleição de um presidente negro - embora eu acredite que não vá terminar, pois é uma questão culturalmente muito arraigada para os "wasp's"(sigla em inglês para branco anglo-saxão protestante) sobretudo no sul-,assim como a situação das minorias AMERICANAS tende a melhorar (não acredito que o mesmo vá ocorrer aos imigrantes), com mais tolerância às diferenças e justiça ao menos por parte do Estado.
O segundo, este sim, de interesse internacional, é o fim da chamada "era Bush". Realmente a história mostra que os democratas não são necessariamente mais "à esquerda" que os republicanos. Mas, ao que parece, o presidente eleito demonstra ter mais "bom senso" para questões belicosas e internacionais em geral que o antecessor (o que não é difícil). E isso por si só merece um suspiro de alívio por parte de todos nós.
Não alimento a esperança de que ele, como democrata, vá ser mais "à esquerda" do que os republicanos (o senador McCain declarou em campanha que iria facilitar a importação do etanol brasileiro, para suprir a demanda por combustível mais barato e "ecológico"), rompendo a barreira econômica a Cuba, como almeja nosso presidente, mas acredito que, por bom senso, seja menos intervencionista e centralizador politicamente do que o George Bush, e parece estar propenso a rever diversas posições adotadas pelo antecessor. Pesando na balança, acredito que o resultado seja posivo para todos, afinal.
Enfim, merece destaque o discurso de derrota do senador McCain, que demonstrou tato e "fair play" político, inclusive rechaçando as vaias do público ao adversário e prometendo colaboração com o governo, em tom sóbrio e de cabeça erguida. Bom exemplo a ser seguido.
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