07/03/2008

Empreendedor brasileiro - O otimista teimoso

Num artigo publicado hoje, a revista americana "The Economist", comentando uma pesquisa sobre empreendedores em diversos países do mundo, feita pela International Finance Corporation (IFC), ligada ao Banco Mundial, afirma:

"Se Bill Gates tivesse começado a Microsoft numa garagem brasileira, ainda estaria na mesma garagem!"

E porquê? Segundo o artigo, o empreendedor brasileiro leve uma enorme desvantagem em relação aos seus concorrentes de países em estágio de desenvolvimento econômico similar (Rússia e China, p.e.), quer pela elevadíssima carga tributária (no segundo ano de existência de uma empresa de tamanho médio, 69% dos lucros têm que ser destinados ao pagamento de impostos), quer pela mastodôntica burocracia (são necessários 152 dias para conseguir cumprir todas as exigências para montar um negócio (em 18 instâncias diferentes), e serão gastas 2 600 horas/ano para conseguir cumprir a legislação fiscal, 34 vezes mais do que na Irlanda!)

Não é de se estranhar, portanto, que o empreendedor brasileiro esteja o tempo todo apostando contra a Fazenda, e seja mais avesso ao risco que o seu congênere estrangeiro, diz o "The Economist"

E termina:
"Mais difícil do que explicar porque o empreendedor brasileiro é do jeito que é, é explicar como é que ele ainda existe!"

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