Domingo foi dia de decisão da Taça Guanabara. O flamengo ganhou a partida e sagrou-se campeão da competição. Depois do jogo, um torcedor do botafogo, morador de Petrópolis e membro de uma torcida com fama de violenta, foi baleado. De acordo com o "site" G1, o torcedor teria sido atingido por uma bala perdida. De acordo com amigos, teria sido assassinado. Mensagens de colegas de torcida o exaltavam, como tendo contribuído muito para o time.
Além disso, ontem foi noticiada a amputação da mão de um torcedor idoso por uma bomba de fabricação caseira que explodiu no estádio, durante o jogo entre Criciúma e Avaí, pelo campeonato catarinense.
No meio de tantas campanhas por "violência não", desarmamento, passeatas pela paz nas novelas, e todos cobrando do poder público alguma atitude para conter a violência, episódios como esses me fazem refletir sobre a tal responsabilidade.
Apesar de eu ser uma pessoa pacífica, nunca acreditei na paz. Ao menos não da forma que costumam desejar as candidatas a "miss". Toda a história da sociedade foi marcada por guerras e subjugação de grupos (sejam nações, Estados, facções...) por outros. Os Estados contemporâneos tomaram forma assim. Enquanto houverem interesses opostos e não se conseguir chegar a um consenso, vão haver conflitos. Se não forem bélicos, serão econômicos, políticos, sociais. O ser humano é um animal, não se pode esquecer.
O que me deixa perplexo é a disposição de briga por conta de uma partida de futebol. Lutar por um ideal eu acho perfeitamente válido, e até incentivo. Mas lutar por um time de futebol?
Agredir o próximo porque ele torce por um time diferente? Em uma época marcada por radicalismos religiosos, em que discutir diferenças está na moda, atitudes como essas se sobressaem pela estupidez. E me fazem pensar se isso é paixão pelo time, ou apenas uma desculpa para extravasar de forma violenta as frustrações de cada um. Adianta lotar o estádio de seguranças? Quem quer confusão, arruma - armado ou não - não importa onde esteja.
No final, fica a pergunta: valeu a pena "lavar a honra" do time "insultado" (!!!) tirando a vida do vizinho ou sacrificando a própria? Isso trouxe a vitória ou o título? Louváveis são os torcedores que vão ao Estádio para cantar e empurrar o time. Isso é paixão.
Além disso, ontem foi noticiada a amputação da mão de um torcedor idoso por uma bomba de fabricação caseira que explodiu no estádio, durante o jogo entre Criciúma e Avaí, pelo campeonato catarinense.
No meio de tantas campanhas por "violência não", desarmamento, passeatas pela paz nas novelas, e todos cobrando do poder público alguma atitude para conter a violência, episódios como esses me fazem refletir sobre a tal responsabilidade.
Apesar de eu ser uma pessoa pacífica, nunca acreditei na paz. Ao menos não da forma que costumam desejar as candidatas a "miss". Toda a história da sociedade foi marcada por guerras e subjugação de grupos (sejam nações, Estados, facções...) por outros. Os Estados contemporâneos tomaram forma assim. Enquanto houverem interesses opostos e não se conseguir chegar a um consenso, vão haver conflitos. Se não forem bélicos, serão econômicos, políticos, sociais. O ser humano é um animal, não se pode esquecer.
O que me deixa perplexo é a disposição de briga por conta de uma partida de futebol. Lutar por um ideal eu acho perfeitamente válido, e até incentivo. Mas lutar por um time de futebol?
Agredir o próximo porque ele torce por um time diferente? Em uma época marcada por radicalismos religiosos, em que discutir diferenças está na moda, atitudes como essas se sobressaem pela estupidez. E me fazem pensar se isso é paixão pelo time, ou apenas uma desculpa para extravasar de forma violenta as frustrações de cada um. Adianta lotar o estádio de seguranças? Quem quer confusão, arruma - armado ou não - não importa onde esteja.
No final, fica a pergunta: valeu a pena "lavar a honra" do time "insultado" (!!!) tirando a vida do vizinho ou sacrificando a própria? Isso trouxe a vitória ou o título? Louváveis são os torcedores que vão ao Estádio para cantar e empurrar o time. Isso é paixão.
2 comentários:
Há dois aspectos que a meu ver,ajudam a explicar essa questão. A primeira é que os indivíduos estão cada vez menos habituados a pensar e a discutir os assuntos no plano das idéias. Qualquer discordância, por menor que seja, já é levada para o lado da ofensa pessoal, que tem como corolário o que você chamou de "lavar a honra"!
O segundo é a necessidade de se fazer aceitar pelas diferentes tribos, ou bandos, que existem por aí, e que anulam o indivíduo. Ele passa a agir como parte desse bando e o seu comportamento é ditado pelos "códigos" do grupo.
É verdade. Por mais inteligentes os indivíduos, a multidão costuma ser burra... Mas se o indivíduo aceita seguir os códigos de conduta do grupo é porque, se não concorda com eles, está disposto a abrir mão de seus valores pessoais em detrimento do grupo. Do contrário, não buscaria aceitação por esse grupo. A responsabilidade, portanto, é individual. Então, cabe a cada um pensar antes de agir.
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