16/12/2008

Frederico Guilherme Pimentel - Um quase Comendador capixaba

A prisão, na semana passada, de uma quadrilha de magistrados do Espírito Santo acusada de vender sentenças composta, entre outros, pelo desembargador Frederico Guilherme Pimentel (presidente do TJ, portanto a mais alta autoridade do Judiciário capixaba), pela diretora encarregada de distribuir os processos, Débora Pignaton Sarcinelli, além de outros dois desembargadores, um juiz, dois advogados e um membro do Ministério Público, livrou o Ministério Público do ES de uma "saia justíssima":
No dia seguinte ao das prisões ocorreria uma cerimônia em que o Ministério Público daquele estado homenagearia algumas personalidades pela sua luta contra a corrupção. Um dos agraciados {com a Comenda Medalha do Mérito do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (leia aqui) seria justamente o desembargador Frederico Guilherme Pimentel que, obviamente não poderia comparecer por estar preso por ...corrupção!}

Para além de todos os questionamentos já feitos pela grande imprensa e pela sociedade, cabem alguns outros:
É função do Ministério Público, com o dinheiro dos nossos impostos, distribuir comendas? Não haverão necessidades mais prementes e necessárias no âmbito da Justiça do que distribuir comendas? É para comendas e outros espelhinhos de índio corporativos que pagamos impostos que não param de crescer?

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