Esta semana fui ao Rio!
Depois de algum tempo sem ter que lá por os pés, esta semana fui obrigado a ir ao Rio de Janeiro duas vezes.
Entrei, e saí, pela perimetral (já de si uma excrescência urbana que impede qualquer integração entre a cidade e a baía, fruto da primazia do automóvel sobre o cidadão) e, mais uma vez, verifiquei o quão é irracional um tipo de arquitetura "sois disant" moderna, com as suas imensas fachadas de vidro, que variam apenas de côr (do funesto preto do edifício Assembléia 10 - não à toa conhecido como Idi Amin Dada - até ao azul espelhado do edifício da Bolsa de Valôres do RJ, todas os tons são permitidos nas fachadas de vidro desses monumentos ao desperdício) e que são autênticos "pára-raios" de calôr, nesta cidade tropical de temperaturas senegalescas!
À coté , englobados num mesmo olhar, os edifícios do Mosteiro de S.Bento, com os pés-direitos altos e as janelas pequenas, e do Distrito Naval (ainda com pés-direitos altos mas com rasgos maiores para a entrada de luz) fazem o contra-ponto entre uma arquitetura que primava pela habitabilidade e conforto - sem descurar da beleza- e essa coisa de hoje em dia que só se interessa pela forma, pela moda importada dos países frios que, ao contrário do nosso, precisam reter calor, e que manda, solenemente, às favas o conforto dos usuários.
Esses edifícios modernos, pasteurizados, de uma estética discutível, são uma autêntica ode ao desperdício de energia (pela fundamental necessidade de enormes sistemas de ar-condicionado, sem os quais seriam inabitáveis), e, pior, conseguem esconder as preciosas construções de épocas passadas que se perdem nas sombras projetadas pelos paquidérmicos edifícios traçados pela moderna arquitetura brasileira, a soldo de interesses imobiliários que não encontram no poder público o contraponto necessário!
Os nossos arquitetos são capazes de mais do que isso!
Nós merecemos mais do que isso!
Depois de algum tempo sem ter que lá por os pés, esta semana fui obrigado a ir ao Rio de Janeiro duas vezes.
Entrei, e saí, pela perimetral (já de si uma excrescência urbana que impede qualquer integração entre a cidade e a baía, fruto da primazia do automóvel sobre o cidadão) e, mais uma vez, verifiquei o quão é irracional um tipo de arquitetura "sois disant" moderna, com as suas imensas fachadas de vidro, que variam apenas de côr (do funesto preto do edifício Assembléia 10 - não à toa conhecido como Idi Amin Dada - até ao azul espelhado do edifício da Bolsa de Valôres do RJ, todas os tons são permitidos nas fachadas de vidro desses monumentos ao desperdício) e que são autênticos "pára-raios" de calôr, nesta cidade tropical de temperaturas senegalescas!

Esses edifícios modernos, pasteurizados, de uma estética discutível, são uma autêntica ode ao desperdício de energia (pela fundamental necessidade de enormes sistemas de ar-condicionado, sem os quais seriam inabitáveis), e, pior, conseguem esconder as preciosas construções de épocas passadas que se perdem nas sombras projetadas pelos paquidérmicos edifícios traçados pela moderna arquitetura brasileira, a soldo de interesses imobiliários que não encontram no poder público o contraponto necessário!
Os nossos arquitetos são capazes de mais do que isso!
Nós merecemos mais do que isso!
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