Com seis anos de atraso, os sindicalistas chegaram ao poder na Receita Federal. Desde que assumiu o cargo, no dia 31 de julho, a nova comandante do órgão, Lina Maria Vieira, vem discretamente substituindo os ocupantes dos principais cargos. O processo tem o seguinte padrão: para as superintendências regionais, preferencialmente sindicalistas; para a estrutura central da Receita em Brasília, técnicos.
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As mudanças não se restringiram às superintendências. Foram substituídos cinco dos seis secretários-adjuntos - que, na hierarquia do órgão, estão um degrau abaixo da secretária. O único sobrevivente à degola geral foi Carlos Alberto Barreto. A informação de bastidor é de que foi mantido no cargo por pressão da Casa Civil. Barreto é, desde o início do governo Lula, o responsável pela elaboração de novas normas da Receita Federal. Uma barbeiragem nessa área poderia custar bilhões de reais aos cofres públicos. Por isso, a ordem do Planalto foi não improvisar.
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Para os funcionários experientes da Receita, o fato de sindicalistas terem sido guindados ao comando das unidades regionais do órgão aumenta o risco de atuação política. Existem parâmetros para a definição de pessoas e empresas a serem visitadas pelos fiscais, mas o superintendente e os delegados têm autonomia para definir as estratégias de fiscalização e arrecadação.
Pode até ser (embora o desempenho, até aqui, da "companheirada aloprada" disso não nos dê grandes esperanças) que os sindicalistas agora nomeados tenham competência para ocuparem os cargos a que foram alcandorados, e que o troca-troca tenha sido feito a "bem do serviço público"!
Mas, e como a Receita Federal vinha tendo um ótimo desempenho, que cheira a outra coisa, lá isso cheira!
Mas, e como a Receita Federal vinha tendo um ótimo desempenho, que cheira a outra coisa, lá isso cheira!
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