Muito se tem comentado se, por trás da competição pela Prefeitura Municipal de Petrópolis no segundo turno, não estaríamos assistido, na realidade, a uma disputa entre o atual prefeito Rubens Bomtempo e o deputado federal Leandro Sampaio pela hegemonia política e eleitoral do Município.
Refletindo sobre o assunto concluí que as coisas não são bem assim, até porque o deputado mantém-se discreto no seu apoio a Paulo Mustrangi, desfavorecendo as especulações naquele sentido. O que não quer dizer que não tentará, num futuro próximo, capitalizar eleitoralmente o fato se o seu candidato ganhar.
Mesmo assim, resolvi compartilhar neste espaço aquela reflexão, como se segue:
Vale inicialmente salientar que em todo o Estado do Rio de Janeiro, somente três municípios – Campos, Petrópolis e Rio de Janeiro - não escolheram seus prefeitos no primeiro turno. O que quer dizer que em 92 destes municípios, a grande maioria das forças políticas locais teve a necessária competência para definir suas escolhas no primeiro turno, o que não aconteceu por aqui. Podemos ainda deixar de lado o caso do Rio de Janeiro que é mais complexo por conta da sua cultura, situação de Metrópole e história política.
O fato é que o candidato da situação, Ronaldo Medeiros desenvolve uma campanha cheia de erros estratégicos e táticos. Errando, ao assumir o discurso clientelista de autovalorização do atual governo e errando de novo ao demorar-se na defensiva, insistindo na tese da traição e do golpe baixo – querendo passar por injustiçado no caso de sua cassação por uso da máquina pública em sua campanha. Sobretudo quando as evidências apontam o contrário: a máquina pública foi exaustivamente acionada para trabalhar pela sua candidatura e continua sendo. Basta atentar para a quantidade de cabos eleitorais contratados para cargos comissionados em todas as Secretarias da atual administração, a maioria descaradamente em campanha desde o início do segundo governo Bomtempo. Além de tratar-se de campanha visivelmente milionária, contradizendo a imagem que tenta passar.
Por outro lado, o candidato concorrente – seria exagerado chamar de oposição, pois até bem pouco tempo era secretário municipal e até defendeu publicamente a criação da famigerada “Agência Reguladora” e a nomeação de seus “Conselheiros Marajás” – aproveita-se desses erros, além de contar com uma equipe de militantes bastante mais competente que conseguiu surpreender no primeiro turno, colocando o candidato Paulo Mustrangi na dianteira da disputa com quase 10 pontos percentuais de diferença. Situação esta muito difícil de reverter no presente pleito.
Duas observações devem ser feitas ainda, favorecendo aparentemente a candidatura Mustrangi. A primeira, diz respeito à participação do atual prefeito na campanha e uma indagação que se faz presente: Tendo em vista que o prefeito eleito naturalmente postulará a reeleição em 2012, será que o Sr. Rubens Bomtempo tem real interesse – em função de seus planos políticos futuros – numa vitória de Ronaldo Medeiros?
A situação é ambígua e leva a crer que uma derrota do candidato situacionista não desagradaria de todo ao grupo político ao atual chefe do Executivo Municipal nem ao próprio.
A segunda baseia-se na constatação de que apesar da coligação partidária que apóia Ronaldo Medeiros –que abrange uma grande quantidade de siglas - no que diz respeito às eleições proporcionais ter conseguido em torno de 114.000 votos (fez 11 dos 15 vereadores), o candidato da situação teve no primeiro turno menos da metade desses sufrágios (menos de 53.000), o que significa que houve eleitor que votou para vereador dentro da coligação, mas não o fez na majoritária, votando em outros candidatos, inclusive Paulo Mustrangi.
Para eleger-se no segundo turno o postulante vitorioso terá que conseguir algo entre 95.000 e 100.000 votos e se as tendências que o primeiro turno mostrou se mantiverem, as probabilidades da eleição de Paulo Mustrangi se confirmarão, pois tudo indica que a maioria dos votos dada aos outros candidatos no primeiro turno virá a somar-se aos seus mais de 69.000 que conseguiu em 5 de outubro.
Por fim, vale lembrar Eça de Queiroz quando disse: “Os políticos e as fraldas das crianças devem ser freqüentemente trocados. Pela mesma razão”.
Refletindo sobre o assunto concluí que as coisas não são bem assim, até porque o deputado mantém-se discreto no seu apoio a Paulo Mustrangi, desfavorecendo as especulações naquele sentido. O que não quer dizer que não tentará, num futuro próximo, capitalizar eleitoralmente o fato se o seu candidato ganhar.
Mesmo assim, resolvi compartilhar neste espaço aquela reflexão, como se segue:
Vale inicialmente salientar que em todo o Estado do Rio de Janeiro, somente três municípios – Campos, Petrópolis e Rio de Janeiro - não escolheram seus prefeitos no primeiro turno. O que quer dizer que em 92 destes municípios, a grande maioria das forças políticas locais teve a necessária competência para definir suas escolhas no primeiro turno, o que não aconteceu por aqui. Podemos ainda deixar de lado o caso do Rio de Janeiro que é mais complexo por conta da sua cultura, situação de Metrópole e história política.
O fato é que o candidato da situação, Ronaldo Medeiros desenvolve uma campanha cheia de erros estratégicos e táticos. Errando, ao assumir o discurso clientelista de autovalorização do atual governo e errando de novo ao demorar-se na defensiva, insistindo na tese da traição e do golpe baixo – querendo passar por injustiçado no caso de sua cassação por uso da máquina pública em sua campanha. Sobretudo quando as evidências apontam o contrário: a máquina pública foi exaustivamente acionada para trabalhar pela sua candidatura e continua sendo. Basta atentar para a quantidade de cabos eleitorais contratados para cargos comissionados em todas as Secretarias da atual administração, a maioria descaradamente em campanha desde o início do segundo governo Bomtempo. Além de tratar-se de campanha visivelmente milionária, contradizendo a imagem que tenta passar.
Por outro lado, o candidato concorrente – seria exagerado chamar de oposição, pois até bem pouco tempo era secretário municipal e até defendeu publicamente a criação da famigerada “Agência Reguladora” e a nomeação de seus “Conselheiros Marajás” – aproveita-se desses erros, além de contar com uma equipe de militantes bastante mais competente que conseguiu surpreender no primeiro turno, colocando o candidato Paulo Mustrangi na dianteira da disputa com quase 10 pontos percentuais de diferença. Situação esta muito difícil de reverter no presente pleito.
Duas observações devem ser feitas ainda, favorecendo aparentemente a candidatura Mustrangi. A primeira, diz respeito à participação do atual prefeito na campanha e uma indagação que se faz presente: Tendo em vista que o prefeito eleito naturalmente postulará a reeleição em 2012, será que o Sr. Rubens Bomtempo tem real interesse – em função de seus planos políticos futuros – numa vitória de Ronaldo Medeiros?
A situação é ambígua e leva a crer que uma derrota do candidato situacionista não desagradaria de todo ao grupo político ao atual chefe do Executivo Municipal nem ao próprio.
A segunda baseia-se na constatação de que apesar da coligação partidária que apóia Ronaldo Medeiros –que abrange uma grande quantidade de siglas - no que diz respeito às eleições proporcionais ter conseguido em torno de 114.000 votos (fez 11 dos 15 vereadores), o candidato da situação teve no primeiro turno menos da metade desses sufrágios (menos de 53.000), o que significa que houve eleitor que votou para vereador dentro da coligação, mas não o fez na majoritária, votando em outros candidatos, inclusive Paulo Mustrangi.
Para eleger-se no segundo turno o postulante vitorioso terá que conseguir algo entre 95.000 e 100.000 votos e se as tendências que o primeiro turno mostrou se mantiverem, as probabilidades da eleição de Paulo Mustrangi se confirmarão, pois tudo indica que a maioria dos votos dada aos outros candidatos no primeiro turno virá a somar-se aos seus mais de 69.000 que conseguiu em 5 de outubro.
Por fim, vale lembrar Eça de Queiroz quando disse: “Os políticos e as fraldas das crianças devem ser freqüentemente trocados. Pela mesma razão”.
1 comentários:
Olha o canditado do PT ai genteeeeeee MENTIROUUUUUUUSOOOOOOOOOOOOOOO
http://www.youtube.com/watch?v=SP8qeTDvKIU
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