Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2007) mostram que a população da região sudeste atingiu, pela primeira vez, a média de oito anos de estudo, a mínimo exigido pela Constituição brasileira. A média do País ainda está abaixo disso, 7,3 anos, puxada para baixo pelo Nordeste, cuja população ainda tem, em média, apenas seis anos de estudo.
Se comparados com os, no mínimo, 12 anos dos países desenvolvidos, percebemos o quanto ainda temos que melhorar neste quesito básico para o desenvolvimento da nação brasileira. Deveria ser o maior esforço nacional, mas não é o que se vê. Muito lembrada em épocas pré-eleitorais, como a que atravessamos, logo é jogada lá para o final da lista de prioridades.
A riqueza de uma Nação, e a independência do seu povo, passa obrigatoriamente por um alto nível de instrução.
A riqueza de uma Nação, e a independência do seu povo, passa obrigatoriamente por um alto nível de instrução.
A passagem da situação de sub-desenvolvimento para o estágio de país desenvolvido só se dará com muito esforço em educação. Como à elite dominante brasileira isso parece não interessar, o gap para os outros países não para de aumentar:
Segundo dados recentes da Unesco-IS, em 1980, um trabalhador no Brasil produzia em valor agregado o equivalente a US$ 15,1 mil por ano para a economia. Em 2005, esse valor caiu para US$ 14,7 mil.
Além disso, distância entre a produtividade no Brasil e nos países desenvolvidos aumentou: em 1980, equivalia a 19% da americana, tida como base para comparações. Em 2005, essa relação havia caído para 5%. Os Estados Unidos continuam liderando o ranking das economias mais produtivas. O valor anual agregado de um trabalhador americano foi de US$ 63,9 mil em 2006, bem à frente do segundo lugar, a Irlanda (US$ 55,9 mil), e do terceiro, Luxemburgo (US$ 55,6 mil).
Segundo dados da OIT, a produtividade do país em 2005 ficou atrás da registrada em vizinhos sul-americanos. Ao lado desses dados, o percentual das pessoas (entre 25 e 64 anos, a chamada faixa produtiva da população) que possuem o ensino médio completo. A terceira coluna mostra os percentuais dos que terminam o curso superior.
Chile — US$ 30,7 mil — 44,4% — 9,5%
Uruguai — US$ 25,4 mil — 32,1% — 9,1%
Argentina — US$ 24,7 mil — 41,8% — 13,7%
Brasil — US$ 14,7 mil — 25,1% — 7,5%
Uruguai — US$ 25,4 mil — 32,1% — 9,1%
Argentina — US$ 24,7 mil — 41,8% — 13,7%
Brasil — US$ 14,7 mil — 25,1% — 7,5%
A produtividade por hora trabalhada passou de US$ 9 para 13 na Argentina, comparada aos estagnados US$ 7,50 no Brasil. Por sua vez, a Venezuela supera os dois, com produtividade por empregado de US$ 26 mil (sempre em dolar constante) em 2005. Mas o país sofreu uma queda enorme, pois esse valor era de US$ 32 mil em 1980.
O resultado reflete a subutilização da mão-de-obra no Brasil por fraca formação que implica em fraca renda. Muita gente trabalha longas horas, mas de maneira ineficiente por falta de instrução ou conhecimento dos procedimentos adequados.
Até quando!
Até quando!
1 comentários:
O que tem faltado a todos os governos é uma postura de estadista. Ninguém pensa o País para além dos limites do seu governo e dos seus interesses eleitorais.
Não existe um projeto de país. cada um que lá chega só toca o seu projeto pessoal de poder
Abço
Josué
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