27/08/2008

A propaganda eleitoral "gratuita" nos custa R$ 242,3 milhões

A propaganda eleitoral "dita" gratuita custará ao bolso dos contribuintes R$ 242,3 milhões este ano, segundo levantamento do site Contas Abertas.
Este custo dá-se através de renúncia fiscal calculada para compensar as emissoras pelos anúncios que perdem no tempo de veiculação do horário político obrigatório.
Segundo o mesmo site, esse valor daria para pagar um mês de trabalho a 583,7 mil pessoas com o atual salário mínimo de R$ 415,00, ou para alimentar mais de um milhão de famílias por um mês, tomando por base a cesta básica do Dieese.

Como se vê, de gratuito não tem nada!
Já que o pagamos, cabe a pergunta:
- Ele nos é útil?

No caso dos cargos majoritários, (Presidente da República, Governadores e Prefeitos) acho até que sim. Como o tempo de que dispõem é maior, é possível passar para o eleitor um leque de idéias, um projeto de governo (embora ultimamente os candidatos venham preferindo as mensagens emocionais às racionais).
Já no tocante às eleições proporcionais, caso dos vereadores nas eleições deste ano, me parece que o sistema atual tem que ser repensado! É impossível a qualquer cidadão avaliar um candidato que aparece por segundos nos monitores metralhando meia dúzia de estultices, muito parecidas entre elas, que provocam no tele-espectador/ouvinte a compulsão imediata e irreprimível de desligar os aparelhos!

Há, neste segundo caso, o mais absoluto desperdício do nosso dinheiro!

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