13/08/2008

Lula, o "Sócio" no lucro

O petróleo descansava, impávido e colosso, sem ninguém o incomodar, até porque não se sabia de sua existência, nas profundezas do Oceano Atlântico

Em 1953, com grande estardalhaço cívico é criada aqui em cima, com o dinheiro dos nossos impostos, a Petrobrás (ela herdou o acervo do CNP da época, que manteve apenas as funções fiscalizadoras).

Aos poucos, esta empresa brasileira vai criando músculos, formando um corpo tecnico invejável (nem sempre se pode dizer o mesmo do corpo diretor, extremamente sujeito a indicações políticas ao sabor das circunstâncias de cada período!) e começa a descobrir, mapear e extraír o ouro-negro lá das profundezas.

Nós, contribuintes e consumidores, continuamos bancando o crescimento da Petrobrás, que, por monopolista do poço à distribuidora (durante algum tempo era monopólio do poço ao posto, já que qualquer novo posto a ser aberto tinha a BR-Distribuidora como bandeira preferêncial) estabelece os preços de que necessita para continuar crescendo e investindo.

Choque vai, choque vem, o petróleo vai subindo constantemente de preço, o que torna viável a sua exploração comercial em águas cada vez mais profundas (portanto, com custos de exploração mais caros do que o simples uso do dedo fura-bôlos espetado nas areias dos desertos do Oriente-Médio).

A produção ainda é menor do que o consumo nacional, a importação exige divisas que não temos, e é preciso acelerar a extração do petróleo que está lá , agora sabidamente (porque mapeado pelos, agora, nossos geólogos) descansando.

Como a capacidade de investimento da Petrobrás, e do governo- seu principal acionista-, não permitem a transformação do mineral em minério com a velocidade que o desenvolvimento do País impõe, são feitos os primeiros contratos de risco (isso mesmo:risco!) e a exploração é aberta às empresas estrangeiras.
Ao mesmo tempo, e mantendo-se a maioria do capital votante nas mãos do governo brasileiro, ações preferênciais são vendidas ao público nas bolsas de S Paulo e Nova Iorque.

A Petrobrás chia, esperneia, (afinal para ela não era uma questão de risco- já que sabia que o petróleo estava lá - mas de capacidade de investimento, ou seja, o tempo que a Petrobrás precisava era maior do que o que a Nação brasileira dispunha).

Como os campos estavam mapeados, a Petrobrás consegue (e muito bem!) retirar algumas regiões dos leilões, e ganha, sozinha ou em parceria majoritária com empresas estrangeiras, a maioria dos leilões das áreas limítrofes às realmente promissoras.

Investimentos feitos, pela Petrobrás e outras multinacionais associadas (e estamos falando em milhões de dólares!), chega-se à possibilidade de, finalmente, extrair o petróleo na camada pré-sal (cuja tecnologia a Petrobrás, sempre, e ainda, com o nosso dinheiro, desenvolveu a ponto de se tornar referência mundial em tecnologia de extração em águas profundas!)

Anos e mihões de dólares de investimentos depois, seria esta a hora de colher os frutos, certo?

Não com Mr Lula como presidente!

Gastador compulsivo, Mr Lula, viu uma oportunidade de aumentar a já record arrecadação do seu (des) govêrno, e, dando um chega-pra-lá na Petrobrás e suas associadas, mudar, no meio do jogo, as regras, criando uma nova empresa (Petrolula?) para operar os campos na área pré-sal, em que aterrisarão os aloprados companheiros e que drenará os lucros que remunerariam anos de investimentos de risco da Petrobrás e suas associadas, para o saco sem fundo das suas pretensões eleitoreiras!

A Petrobrás, que tem nestes campos a chance de continuar crescendo, terá, se assim for, uma sobrevida de alguns anos, até que se esgotem os mananciais de petróleo que já explora, e definhará até acabar!

Lula é o protótipo do sócio "esperto" que ninguém quer:
No lucro, aparece para cobrar.
No risco, podendo ser necessário enfiar a mão no bolso, finge-se de morto, e ninguém o acha!

1 comentários:

Anônimo disse...

O único problema da Petrobrás é que eles se acham. Não dá pra argumentar. Eles estao sempre certos. A associação dos engenheiros e nojenta e quer tudo pra eles. Os peões que se danem. Vc tá com a razão

 
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