- O PAC realmente é uma junção de projetos pré-existentes em diversos ministérios e empresas públicas, que foram unificados sob uma roupagem nova para funcionar como mote eleitoreiro, e que não representariam um tostão de acréscimo aos investimentos governamentais previstos caso fossem implementados, o que não tem acontecido por absoluta incompetência e falta de vontade política.
Ao contrário da galinha que cacareja depois de ter posto o ovo, Lula cacareja antes, e o cacarejo é o fim em si mesmo! (1);
- O Senador Wellington Dias, do PMDB da base governista, é uma piada sem votos e sem compostura (embora, segundo o Procurador Geral da República, saiba tudo sobre sonegação de impostos!) (2);
- Gastos Secretos são os que o Governo determina que assim sejam! (3);
- Dona Dilma mente desde longo tempo! (e passou mais algum mentindo sobre o PAC);
- O Senador Agripino Maia "aloprou": foi malcriado, agressivo e politicamente infeliz;
- Continuamos não sabendo o destino dos gastos feitos com os cartões da Presidência da República, que é o que realmente importa a nós pobres pagadores de impostos, quem mandou fazer o dossiê, e quem o vazou!;
- Além de não termos governo, não temos oposição!
(1) Deve-se a Kátia Abreu (DEM-TO) o questionamento mais incisivo no capítulo dedicado ao Programa de Aceleração do Crescimento. Munida de números, a senadora foi ao fígado do touro.
Ela disse que, no primeiro mandato de FHC, o governo destinou à rubrica de investimentos 0,8% do PIB. No segundo período, o presidente tucano investiu 0,9% do PIB. Sob Lula, os investimentos somaram 0,6% no primeiro reinado. Em 2007, 0,9%.
Ou seja, sob a espuma do PACtóide, há muita propaganda e pouco dinheiro. Dilma escorregou daqui, tergiversou dali, mas nada disse que pudesse ser entendendido como um questionamento aos números esgrimidos pela senadora. Números que injetaram carne e osso numa atmosfera de nuvens.
(2) O auge do constrangimento foi quando Wellington Salgado (PMDB-MG), aquele do cabelão acaju, o piloto de prova da Koleston, com seus óculos de gatinho idoso, tentou presentear a ministra com um colar em homenagem ao Dia das Mães (O mimo é um cordão fino de ouro branco com um pingente na forma do mapa do Brasil incrustrado de brilhantes. Custou R$ 2 mil, segundo Salgado, recentemente denunciado pelo Procurador Geral da República ao Supremo Tribunal Federal. Foi acusado de sonegar impostos.
- A senhora é a mãe do PAC e esse presente é para marcar o próximo Dia das Mâes - bajulou Salgado, se referindo a Dilma. Salgado é um dos suplentes que assumiram a vaga do titular — no caso dele, de Hélio Costa, ministro das Comunicações. Não recebeu um miserável voto para submeter o Senado àquele vexame. Comporta-se como bobo da corte, mas não é do tipo que rasga dinheiro. Basta ver como se expande o seu negócio, a Universidade Salgado de Oliveira. Para o ramo em que ele atua, com efeito, nunca houve dias tão favoráveis. Daí que ele não tenha perguntado nada. Só fez os encômios de rigor ao governo e à ministra e tentou lhe oferecer um mimo.(3) Mais uma vez, ficou claro — e me impressiona que os senadores não atentem para o vazio jurídico a respeito — que secreto é o que o governo considera secreto. E ponto final. Tanto é assim, que a ministra chegou a afirmar que está em entendimentos com o Gabinete da Segurança Institucional para que sejam considerados públicos os gastos de governos passados. Quer dizer que é o GSI e a Casa Civil que definem isso? Na prática, reitero, Dilma arbitra olimpicamente o que pode e o que não pode ser sabido. Preenche a lei que garante a segurança presidencial com o conteúdo que lhe der na telha.
Fontes:
(1) Josias de Souza
(2) Reinaldo Azevedo e Noblat
(3) Estadão, O Globo e Reinaldo Azevedo
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