Fui ontem almoçar em casa de um grande amigo. Por sugestão do dono da casa (que retomou profundas, e antigas, ligações sentimentais com uma simpática señora porteña dos quatro costados) levei um vinho tinto argentino . Numa despretensiosa garrafa ao custo de US$ 6,00 escondia-se um honesto tinto da região de Mendoza, (é claro que não chegava a ser um Chateauneuf du Pape Croix de Bois - 2004, mas este custaria R$ 180,00) que nada ficou a dever a tantos vinhos brasileiros que custam dez vezes mais!
Intrigado, resolvi pesquisar porque razão existe essa brutal diferença entre os preços dos vinhos brasileiros, com crescente e reconhecida qualidade, e os seus equivalentes argentinos e chilenos.
Para além da sobrevalorização do real, a grande explicação é a enorme taxação que os nossos vinho sofrem: A cada R$ 100,00 que gastamos na aquisição de vinhos nacionais, R$ 68,00 vão para o governo (em contraposição a taxações que variam entre 2% e 17% nos países referidos), ou seja, a voracidade, completamente idiota, do nosso governo provoca situações como esta:
Argentinos, chilenos, australianos, californianos e europeus, agradecem, penhorados, pelos empregos que os nossos governantes assim lhes garantem, em detrimento dos gaúchos e ribeirinhos do S. Francisco!
Tempos atrás publiquei um post sobre a premiação de vinhos brasileiros na Vinailes Internacionales 2008 (leia aqui). Pois bem, nesse certame, o vencedor foi um vinho português, um Sirhah da Casa Ermelinda Freitas, que ganhou a medalha de ouro apesar de a sua produção se ter iniciado em 2004, e que custa R$ 54,00! O tinto brasileiro com melhor pontuação - medalha de prata - custa nas lojas de Petrópolis R$ 59,00!
É muito imposto para tão pouco retorno!
Intrigado, resolvi pesquisar porque razão existe essa brutal diferença entre os preços dos vinhos brasileiros, com crescente e reconhecida qualidade, e os seus equivalentes argentinos e chilenos.
Para além da sobrevalorização do real, a grande explicação é a enorme taxação que os nossos vinho sofrem: A cada R$ 100,00 que gastamos na aquisição de vinhos nacionais, R$ 68,00 vão para o governo (em contraposição a taxações que variam entre 2% e 17% nos países referidos), ou seja, a voracidade, completamente idiota, do nosso governo provoca situações como esta:
"Nos últimos cinco anos, as vendas de vinhos finos no Brasil saltaram de 49,5 milhões de litros, em 2002, para 78,5 milhões, no ano passado. Os dados, da União Brasileira da Vitivinicultura (Uvibra), mostram ainda que no mesmo ritmo caíram as vendas de vinhos brasileiros, cuja participação de mercado recuou de 51,2%, em 2002, para 26,6%, em 2007."Isto é, embora esteja havendo um salutar (não esqueçamos que tomar diariamente um pouco de vinho - notadamente o tinto - é, comprovadamente, benéfico para a saúde) aumento do consumo de vinho em nosso país, isso tem ocorrido com um decréscimo da participação do produto nacional! (Daí a classificação de idiota dada ao comportamento fiscal de nossas autoridades que preferem uma pornográfica taxação por garrafa a uma maior arrecadação por volume com impostos mais baixos!
Argentinos, chilenos, australianos, californianos e europeus, agradecem, penhorados, pelos empregos que os nossos governantes assim lhes garantem, em detrimento dos gaúchos e ribeirinhos do S. Francisco!
Tempos atrás publiquei um post sobre a premiação de vinhos brasileiros na Vinailes Internacionales 2008 (leia aqui). Pois bem, nesse certame, o vencedor foi um vinho português, um Sirhah da Casa Ermelinda Freitas, que ganhou a medalha de ouro apesar de a sua produção se ter iniciado em 2004, e que custa R$ 54,00! O tinto brasileiro com melhor pontuação - medalha de prata - custa nas lojas de Petrópolis R$ 59,00!
É muito imposto para tão pouco retorno!
1 comentários:
Excelente pesquisa. Sempre me perguntei o por que dessa diferença, mas não tinha a paciência de pesquisar. Vamos falar com nossos amigos no Congresso (aliás, seu amigo tem uma prima lá)
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