30/03/2008

Os Contrastes de Petrópolis

Petrópolis terá brevemente seis hot zones (locais de acesso sem fio à internet) gratuitos. A região coberta compreenderá as ruas 16 de Março e do Imperador, as praças da Liberdade, do Expedicionário e Dom Pedro, e o Palácio de Cristal, permitindo o acesso à Internet por moradores e turistas que estiverem no local munidos de um laptop ou celular com dispositivos de rede.
Louvável!
É o Centro Histórico, a Petrópolis para turista ver, e que tem recebido dos órgãos públicos todas as atenções e investimentos.

Saindo do Centro, e dos seus dois principais eixos de acesso, no entanto, caímos na Petrópolis pré-histórica: As ruas esburacadas, sem calçadas, cheias de mato e lixo (aquela em que moro foi limpa, depois de muita insistência, 3 vezes em 22 anos!); as redes de esgoto inexistentes; o fornecimento de água idem; a coleta de lixo não é diária nem domiciliar (existem aquelas caçambas, focos permanentes de mau cheiro e de insetos, onde o lixo tem que ser jogado); a entrega de correspondência é feita em dias alternados; a internet só é possível a 56 kbps nominais (46 kbps reais - em dias normais - no fim de semana a velocidade tende a zero); a energia é de uma volubilidade impressionante - hoje já foi e voltou 7 vezes; equipamentos urbanos são miragens (os abrigos dos pontos de ônibus, quando existem, não têm lugar para sentar apesar das intermináveis esperas que as PetroItas da vida impõem aos usuários, com o inestimável apoio dos órgãos públicos que as deveriam fiscalizar); a favelização crescente com a ocupação desordenada de morros e das beiras dos rios; o policiamento, esse, é um substantivo abstrato.
Enfim...
É a Petrópolis que o turista não vê!
É a Petrópolis que as autoridades só visitam em época de eleições!
Mas atenção, senhores, essa é a Petrópolis que vota!

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