Sergio Porto uma vez disse que devíamos nos locupletar todos ou instaurar a moralidade pública. Mas a democracia na locupletagem é difícil de atingir, a farinha sendo pouca para tantos pirões. E, com o tipo de homens da classe política que escolhemos colocar no poder, instaurar a moralidade pública fica a cada dia mais longe. Assim, na dupla impossibilidade de todos nos darmos bem de um modo ou de outro, resta fazermos muito barulho, esperar que nossos dirigentes tomem vergonha na cara, compreendam que existe um limite para a imoralidade e que já chegamos nele.
O nosso Prefeito, contumaz amigo dos amigos e pródigo nos favores – um detalhe: os presta sempre com recursos do município – acaba de criar para seus mais fiéis cupinchas uma bela sinecura às custas do tesouro municipal. Esta dadivosa benção do alcaïde chama-se com pompas “Agência Municipal Reguladora de Serviços Públicos Concedidos etc. etc.” – o nome é quilométrico, talvez para impressionar a patuléia (não confundir com um certo secretário, que por sinal encontra-se entre os “happy few” indicados para a mamata). O afago premia com salários em torno de sete mil e quinhentos reais – sem mencionar os encargos sociais -, cinco dos seus atuais colaboradores, por um período que vai além do final do mandato. Quer dizer, este pessoal que na próxima administração ia ficar sem emprego, é contemplado com um “soursis” de mais alguns anos sugando nas tetas municipais.
Cabe a pergunta: estes cidadãos, o que farão para merecer esta bolada?
Controlar o que a Secretaria de Controle Interno, a CPTrans e outras que já controlam o que eles controlariam, não será. Supor que regulariam as atribuições institucionais destas que continuam vigentes, configuraria uma superposição de competências que em nada tornaria mais eficaz a máquina da administração. Alias a eficácia nunca foi preocupação deste governo municipal, haja visto o nível pra lá de medíocre de seus principais colaboradores, com tão raras exceções que não aparecem no meio da incompetência reinante.
O mais provável é ficarem com os etc. etc., ou seja, coçarão seus umbigos e no fim de cada mês recolherão um bom salário, pago pelo contribuinte.
No outro lado da moeda, esta administração municipal é o responsável pelo maior desmonte da capacidade profissional de seus funcionários. Além de nunca ter investido na capacitação, salvo um cursinho incipiente de informática ou outro, de manter os honorários destes servidores em patamares muito aquém da dignidade (desrespeitando a Lei 5197/95 que determina o enquadramento dos funcionários da PMP em Plano de Cargos e Salários), preencheu os cargos comissionados com um exército de AS.PO.NE.s sem qualificação para os postos que ocupam, que mais atrapalham do que ajudam, além de passarem o dia pendurados nos telefones, por não terem o que fazer ou estarem lá para trabalharem como cabos eleitorais. A conta de telefone, pagamos nós.
Como a privatização da administração pública foi feita de modo improvisado, os serviços prestados mantêm o nível de mediocridade do comando geral, resultando na execução de projetos de terceira, com acabamento de quinta categoria, salpicados por toda a cidade, enquanto o caos se instala nos demais serviços, em particular os de saúde pública.
Os vereadores petropolitanos (menos os dois da oposição) estão por sancionar esta vergonha, nomeando os indicados pelo Sr. Prefeito. É aí que eles mostram a cara, e é aí que nós vemos em quem vale a pena votar nesta eleição.
Uma informação complementar: o Procurador Geral do Município, que foi quem tecnicamente redigiu a Lei que cria a tal agência, é um dos indicados. Quer dizer, o indivíduo (ou deveria chamá-lo "elemento"?) faz a Lei e é beneficiário dela. Isto é constitucional?
O nosso Prefeito, contumaz amigo dos amigos e pródigo nos favores – um detalhe: os presta sempre com recursos do município – acaba de criar para seus mais fiéis cupinchas uma bela sinecura às custas do tesouro municipal. Esta dadivosa benção do alcaïde chama-se com pompas “Agência Municipal Reguladora de Serviços Públicos Concedidos etc. etc.” – o nome é quilométrico, talvez para impressionar a patuléia (não confundir com um certo secretário, que por sinal encontra-se entre os “happy few” indicados para a mamata). O afago premia com salários em torno de sete mil e quinhentos reais – sem mencionar os encargos sociais -, cinco dos seus atuais colaboradores, por um período que vai além do final do mandato. Quer dizer, este pessoal que na próxima administração ia ficar sem emprego, é contemplado com um “soursis” de mais alguns anos sugando nas tetas municipais.
Cabe a pergunta: estes cidadãos, o que farão para merecer esta bolada?
Controlar o que a Secretaria de Controle Interno, a CPTrans e outras que já controlam o que eles controlariam, não será. Supor que regulariam as atribuições institucionais destas que continuam vigentes, configuraria uma superposição de competências que em nada tornaria mais eficaz a máquina da administração. Alias a eficácia nunca foi preocupação deste governo municipal, haja visto o nível pra lá de medíocre de seus principais colaboradores, com tão raras exceções que não aparecem no meio da incompetência reinante.
O mais provável é ficarem com os etc. etc., ou seja, coçarão seus umbigos e no fim de cada mês recolherão um bom salário, pago pelo contribuinte.
No outro lado da moeda, esta administração municipal é o responsável pelo maior desmonte da capacidade profissional de seus funcionários. Além de nunca ter investido na capacitação, salvo um cursinho incipiente de informática ou outro, de manter os honorários destes servidores em patamares muito aquém da dignidade (desrespeitando a Lei 5197/95 que determina o enquadramento dos funcionários da PMP em Plano de Cargos e Salários), preencheu os cargos comissionados com um exército de AS.PO.NE.s sem qualificação para os postos que ocupam, que mais atrapalham do que ajudam, além de passarem o dia pendurados nos telefones, por não terem o que fazer ou estarem lá para trabalharem como cabos eleitorais. A conta de telefone, pagamos nós.
Como a privatização da administração pública foi feita de modo improvisado, os serviços prestados mantêm o nível de mediocridade do comando geral, resultando na execução de projetos de terceira, com acabamento de quinta categoria, salpicados por toda a cidade, enquanto o caos se instala nos demais serviços, em particular os de saúde pública.
Os vereadores petropolitanos (menos os dois da oposição) estão por sancionar esta vergonha, nomeando os indicados pelo Sr. Prefeito. É aí que eles mostram a cara, e é aí que nós vemos em quem vale a pena votar nesta eleição.
Uma informação complementar: o Procurador Geral do Município, que foi quem tecnicamente redigiu a Lei que cria a tal agência, é um dos indicados. Quer dizer, o indivíduo (ou deveria chamá-lo "elemento"?) faz a Lei e é beneficiário dela. Isto é constitucional?
A Lei pode ser lida aqui
1 comentários:
Se não fosse trágica (porque sairá de nossos bolsos)esta lei seria cômica.
Muito interessante o artigo 7°que, depois de definir no § 1º as condições que os "conselheiros" terão que satisfazer,como "ter notável saber jurídico ou econômico ou de administração ou técnico" no parágrafo seguinte dá a um conselheiro a dispensa de todas essas condicionantes!
Mais dirigido do que isto, só se colocar o nome do amigalhaço no texto da lei
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