A governadora do Pará Ana Julia Carepa (PT) fez recentemente algumas declarações que eu juro que não entendi. Primeiro, não acreditei! Fui conferir e... lá estavam! Li e reli a entrevista, de trás pra frente, de cabeça para baixo, as linhas e as entrelinhas, à procura de um outro significado para as afirmações, mas não, era isto mesmo:
“A atividade madeireira ilegal representa R$ 2 bilhões ao ano, 7% do PIB do Pará", disse. E, mais adiante:“Não posso perder R$ 2 bilhões.” E, ainda: “Não queremos destruir a economia do estado.”!!!!
Se a governadora pensa assim, fico imaginando com que empenho as autoridades policiais, florestais e fazendárias paraenses combatem esse crime. É evidente também, que uma atividade ilegal só consegue atingir essas proporções com muita corrupção, muita, digamos, lubrificação de engrenagens (afinal, toras de madeira não são das dez coisas mais fáceis de transportar às escondidas).
Por essa ordem de idéias, os governadores do Rio e de S.Paulo não combateriam o tráfico de drogas, que movimenta bem mais do que os R$ 2 bilhões de dona Ana!
Este episódio revela uma completa, e perigosa, inversão de valôres! Não se pode querer arrecadar a qualquer custo! Os fins não podem justificar todos os meios!
Se um estado pode viver de receitas provenientes de atividades econômicas criminosas, porque não o poderiam as famílias e os indivíduos?
Por essa ordem de idéias, os governadores do Rio e de S.Paulo não combateriam o tráfico de drogas, que movimenta bem mais do que os R$ 2 bilhões de dona Ana!
Este episódio revela uma completa, e perigosa, inversão de valôres! Não se pode querer arrecadar a qualquer custo! Os fins não podem justificar todos os meios!
Se um estado pode viver de receitas provenientes de atividades econômicas criminosas, porque não o poderiam as famílias e os indivíduos?
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